Ensaios Não Destrutivos no Concreto: Como Funcionam?

Os principais ensaios não destrutivos no concreto são: Ultrassom, Termografia, Pacometria, Esclerometria & Potencial Eletroquímico

Ultrassom:

A norma NBR 8802:2019 especifica um método de ensaio não destrutivo para a determinação da velocidade de propagação de ondas ultrassônicas em concreto. Este método é utilizado para realizar ensaios em corpos de prova e testemunhos de estruturas, além de verificar a homogeneidade do concreto em elementos estruturais.

Os ensaios não destrutivos, como o de velocidade de propagação de ondas ultrassônicas, funcionam através da emissão de pulsos ultrassônicos que viajam pelo concreto. A velocidade com que essas ondas se propagam é influenciada por diversos fatores, como a densidade do concreto, a presença de armaduras, a umidade e a temperatura do material.

As principais aplicações desse método incluem a estimativa da profundidade de fissuras, o monitoramento de variações nas propriedades do concreto ao longo do tempo e a avaliação da resistência à compressão do concreto.

Termografia:

A norma NBR 15424:2022 define os ensaios não destrutivos, incluindo a termografia infravermelha, que é um método utilizado para medir a temperatura sem contato físico. Este método permite a formação de imagens térmicas (termogramas) de componentes, equipamentos ou processos, a partir da radiação infravermelha emitida pelos objetos.

Os ensaios não destrutivos no concreto, especificamente, podem ser realizados através da inspeção termográfica, que é uma técnica não destrutiva e não intrusiva. Essa técnica é utilizada para avaliar as condições operacionais de componentes, equipamentos ou processos, permitindo a identificação de anomalias térmicas que podem indicar problemas estruturais ou de desempenho.

Se você deseja saber mais sobre como funcionam esses ensaios, recomendo consultar a norma completa ou outras referências que detalhem os procedimentos e aplicações específicas da termografia no concreto.

Pacometria:

O ensaio de pacometria é mencionado na norma NBR 8802 como um método para verificar a presença de armaduras em elementos de concreto. A norma recomenda que, para evitar interferências nos resultados da velocidade de propagação das ondas ultrassônicas, deve-se realizar um ensaio de pacometria no elemento estrutural a ser ensaiado, especialmente em pontos onde há grande concentração de armadura.

Caso você precise de mais informações sobre o ensaio de pacometria ou outros aspectos relacionados à norma, você pode acessar o documento completo da NBR 8802.

Esclerometria:

O ensaio esclerométrico é um método não destrutivo que mede a dureza superficial do concreto, fornecendo elementos para a avaliação da qualidade do concreto endurecido. O índice esclerométrico é o valor obtido através de um impacto do esclerômetro de reflexão sobre uma área de ensaio, correspondente ao número de recuo do martelo.

Para a execução do ensaio, a área de ensaio deve ser preparada adequadamente, e os impactos devem ser uniformemente distribuídos. É recomendado realizar 16 impactos em cada área de ensaio, evitando impactos sobre armaduras ou bolhas que não representem o concreto em avaliação.

O relatório de ensaio deve conter informações como o modelo do esclerômetro utilizado, os índices esclerométricos individuais, a descrição da estrutura e a localização das áreas de ensaio.

Potencial eletroquímico:

O ensaio de potencial eletroquímico em concreto, conforme a norma NBR 16482, envolve a medição do potencial eletroquímico em estruturas submersas. O procedimento deve ser realizado por um inspetor certificado e pode ser feito através de métodos diretos ou remotos, utilizando equipamentos adequados, como um bloco-padrão de zinco e eletrodos de calomelano saturados (ECS).

Os passos principais incluem:

  1. Preparação do Equipamento: O bloco-padrão de zinco deve ser limpo e imerso em uma solução de NaCl por um período mínimo antes da medição.
  2. Verificação do Medidor: O medidor de potencial deve ser verificado com um voltímetro e semicélula, garantindo que as leituras estejam dentro das tolerâncias especificadas.
  3. Execução do Ensaio: As medições devem ser feitas em condições controladas, com o equipamento submerso e as leituras estabilizadas antes do registro.

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