O que é a massa específica dos grãos do solo?
A massa específica dos grãos é de suma importância para o cálculo de outros índices, assim como, para cálculos dos diâmetros dos grãos, a partir do ensaio de sedimentação. Os minerais presentes no solo têm influência direta no peso específico dos grãos, fazendo do peso específico um indicador dos minerais constituintes do solo ou com o tipo do solo, como apresentado na Tabela abaixo. As análises do peso específico dos grãos são feitas em função da dimensão dos grãos, e por isso obedece a dois procedimentos: a fração menor que 4,8mm obedece a ABNT 6458. e a fração maior que 4,8 mm obedece a ABNT
Massa específica dos grãos que passam na peneira de 4,8 mm
A norma ABNT NBR 6508 prescreve a metodologia para a determinação do peso específico dos grãos de solos passantes na peneira de 4,8 mm (no 4), através do uso do balão volumétrico e ebulição. Os equipamentos utilizados são:
– Balão volumétrico, com capacidade de 500 ml ou 1000 ml, calibrado a 20°C;
– Aparelho de dispersão, com hélices metálicas substituíveis e copo munido de chicanas metálicas;
– Estufa capaz de manter a temperatura entre 60oC e 65oC e entre 105oC e 110oC;
– Placa Aquecedora ou bomba de vácuo, utilizados na remoção de ar aderente às partículas do solo;
– Termômetro graduado em 0,1oC, de 0oC a 50oC;
– Balança, que permita pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução de 0,01 g e sensibilidade compatível;
– Funil de vidro ou de plástico, com bico de diâmetro inferior à boca do balão volumétrico;
– Pipeta de vidro ou conta-gotas;
– Cápsula de porcelana, vidro pirex ou alumínio com capacidade de 150 a 250 cm3 para saturação do material.
Execução do Ensaio
Separar 250 g de amostra que foi preparada de acordo com a ABNT NBR 6457. Utilizar para cada ensaio, massa seca com resolução de 0,01g, sendo 50 g para solos argilosos e siltosos, e 60 g para solos arenosos, quando utilizar balão volumétrico de 500ml, e anotar como o valor de Mh. Quando o balão volumétrico for de 1000 ml, torna-se o dobro das quantidades de material. Utiliza-se o restante do material para retirar a umidade.
Inicialmente, deve-se inserir a amostra a ser ensaiada em cápsula com água destilada, de tal forma que o material fica completamente imerso por, no mínimo, 12 horas. Após o tempo completo de imersão da amostra, deve-se colocar a amostra no copo de dispersão, utilizado água destilada para se lavar a cápsula a fim de evitar a perda de material. A quantidade de água destilada presente no dispersor deve ser a quantidade necessária para que o mesmo funcione adequadamente, após colocar a água deve-se dispersar o material por minutos.
A amostra deve então ser transferida para o balão volumétrico, utilizando um funil, as sobras de material no copo e no funil devem ser lavados com o auxílio de uma pipeta com água destilada evitando a perda de material. O balão volumétrico deve ser preenchido até metade de seu volume, caso o volume seja inferior a metade, poderá ser preenchido com água destilada.
Resultado
Os resultados são considerados satisfatórios quando não diferirem em mais que 0,02 gr/cm3. Os resultados finais devem ser obtidos pelo média entre dois ensaios. Os resultados devem ser expressos com 3 algarismos significativos.
Como o LTEC faz?
O LTEC recomenda que todos os equipamentos sejam calibrados e o ensaio seja realizado em embiente com temperatura controlada. O LTEC ainda recomenda que seja seguido criteriosamente o Procedimento Operacional do Ensaio.
Para mais informações entre em contato:
Eng. Dr. Paulo M F Viana
CREA 66549/D
(62) 99619-7946
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