Solo – Ensaio de Adensamento Unidimensional – ABNT NBR 12007

Adensamento Unidimensional

O procedimento experimental de adensamento unidimensional foi proposto primeiramente por Terzaghi e no Brasil é regulamentado pela NBR 12007. O método utiliza um oedômetro, como mostrado na figura abaixo, onde o corpo de prova de solo (CP), moldado dentro de um anel metálico, é colocado entre duas pedras porosas, que permitem a saída de água, e mantido lateralmente confinado. O CP inundado é submetido a diversas cargas axiais através de um braço da alavanca, cada carga é mantida por 24 horas, e a deformação vertical é medida pelo extensômetro.

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Os dados obtidos no ensaio possibilitam a obtenção da relação entre a tensão aplicada e índice de vazios, a evolução da deformação no tempo, e a estimativa de magnitude e velocidade de recalques. A partir da tensão de pré-adensamento(σ’ a) o índice de vazios (e) varia linearmente com a tensão aplicada, este trecho é denominado reta virgem e a inclinação desta reta é conhecida como índice de compressão (Cc). A tensão de pré adensamento, correspondente ao início da reta virgem onde o solo começa a sofrer grandes deformações, pode ser obtida empiricamente utilizado o método de Casagrande ou de Pacheco Silva (PINTO, 2006).

O ensaio de adensamento unidimensional ou de compressão oedométrica segue o prescrito na norma NBR-12007. O anel de adensamento tem um diâmetro de aproximadamente 75 mm e altura de aproximadamente 20 mm atendendo as exigências mínimas da norma NBR 12007, a relação entre o diâmetro e altura e de 3,75 constituído de aço inox material não corrosivo com superfícies polidas e foram untadas com vaselina antes do ensaio.

Outros equipamentos e acessórios:

a) Balança com capacidade nominal de 3 kg com resolução de 0,1 g sensibilidade compatível;

b) Extensômetro capaz de medir deslocamentos de até 1,5 cm com resolução de 0,01 mm;

c) Cronômetro com resolução de 1s;

d) Relógio;

e) Termômetro graduado em 0,1°C, de 0° a 50°C.

f) Demais acessórios tais como: paquímetro, bureta graduada, espátulas, facas, serras de fio metálico e régua biselada de metal.

Preparação da amostra

No ensaio de adensamento, as amostras podem ser compactadas ou indeformadas. Após a compactação a moldagem é feita com a cravação do anel metálico no corpo de prova compactado e talhado até conseguir ser cravado, conforme representado na figura abaixo. Na amostra indeformada o processo é semelhante, porém deve-se ter um cuidado maior visto que a amostra indeformada apresenta uma resistência menor do que as compactadas.

 

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No momento da montagem deve-se obter a massa do conjunto corpo de prova e anel de adensamento, para cálculo da massa do corpo de prova, retirando a massa do anel, obtendo o volume do corpo de prova a partir da altura e do diâmetro interno do anel. Usa-se as aparas da talhagem do corpo de prova para determinar a umidade inicial (hi). Calcula-se a massa específica aparente úmida inicial (γ hi ) pela divisão da massa do corpo de prova pelo seu volume.

Depois de montada a célula de adensamento colocada no sistema de aplicação de carga, previamente ajustada e nivelada instalou o extensômetro, e aplicou uma pressão de assentamento de aproximadamente 5 KPa, indicado para solos resistentes, o extensômetro foi zerado, cinco minutos da aplicação da pressão de assentamento.

Em seguida estabelece as aplicações de cargas estipuladas, considerando que com estas cargas definir-se-á a região de compressão virgem.

Para cada incremento de carga deve-se realizar a leitura nos seguintes intervalos de tempo, imediatamente antes do carregamento equivalente ao tempo 0 s, depois da carga 8 s, 15 s; 30 s, 1 min., 2 min., 4 min., 8 min., 15 min., 30 min., 1 h., 2 h., 4 h., 8 h. e 24 h. considerando que já tenha definido a reta de compressão secundária em um gráfico da altura do corpo de prova em função do logaritmo do tempo, para solos saturados se necessário for à leitura poderia estender por um período de tempo maior sendo que a célula de adensamento fora inundada.

O descarregamento deve atender no mínimo de três estágios, após o descarregamento retira-se o anel e corpo de prova enxuga as parte externas do anel com papel absorvente onde foi determinada sua massa e umidade final.

Resultados

Vários parâmetros podem ser obtido no ensaio: O indice de vazios inicial, a tensão de pré-adensamento, t90, t50, t100, Cc, Cv, Mv, dentre outros. A figura abaixo ilustra a variação da tensão efetiva com o indice de vazios, resultado final do ensaio.

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Como o LTEC faz?

O LTEC recomenda que todos os equipamentos sejam calibrados e o ensaio seja realizado em embiente com temperatura controlada. O LTEC ainda recomenda que seja seguido criteriosamente o Procedimento Operacional do Ensaio.

 

Para mais informações entre em contato:

Eng. Dr. Paulo M F Viana
CREA 66549/D
(62) 99619-7946
paulo@ltec.eng.br

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