O Ensaio Triaxial do tipo CD (adensado e drenado) é realizado a partir da moldagem de corpos de prova cilíndricos em amostras que podem ser indeformadas (moldadas) ou deformadas (compactadas). O ensaio triaxial CD, também conhecido como ensaio lento, permite avaliar a resistência efetiva do solo onde as pressões neutras são dissipadas.
No ensaio, a amostra é colocada em uma câmara de ensaio e envolvida por uma membrana de borracha. Após o preenchimento da câmara com água, a saturação do corpo de prova é realizada em duas etapas, a percolação (expulsão da água dos vazios) e a contrapressão onde uma tensão confinante é aplicada externa ao corpo de prova e uma tensão de contrapressão no interior do corpo de prova (ruptura das bolhas de ar), até que o Parâmetro B atinja o valor de cerca de 95%, definindo a condição de saturação.
Na segunda etapa, o adensamento, é realizado ao aplicar uma tensão confinante, permitindo a consolidação do corpo de prova para dissipar a poro pressão. Nesta fase as válvulas de drenagem são totalmente abertas.
Após a dissipação, a terceira etapa, de cisalhamento (ruptura), é iniciada com as válvulas de drenagem abertas. Uma tensão axial é aplicada até a ruptura do corpo de prova, sendo a velocidade do ensaio definida em função das deformações para evitar a geração de poropressão. Durante a fase de cisalhamento, a tensão desviadora e a variação de volume da amostra são medidas em função da deformação específica.
Com os dados obtidos, traça-se a curva tensão versus deformação, as envoltórias de resistência conforme o critério de Mohr-Coulomb e as trajetórias de tensões totais (que são iguais as efetivas) (Figura 1). O Ensaio Triaxial CD é recomendado para projetos ou obras que permitam, em termos de prazo, aguardar a estabilidade do maciço, especialmente em solos argilosos ou quando há predomínio de solos arenosos na composição.
Figura 1. Resultados típicos do Ensaio Triaxial CD.
